Ambiguidade, música e sucesso mediático
Ambiguidade, música e sucesso mediático

Branding, Diagnóstico de comunicação

Ambiguidade, música e sucesso mediático

As celebridades disponibilizam opções identitárias. Quando apresentam, cantam, representam e são entrevistados estão a desempenhar o seu trabalho e, ainda, a disponibilizar às suas audiências diferentes formas de ser. A receita identitária apresentada pelas celebridades é, habitualmente, complexa, diversa e contrastada. O vestuário, as poses, os sotaques e a performance possuem atributos de quadrantes diferentes. Do mundo sensual e do mundo romântico e bem-comportado, do deboche e do angelical, do heterossexual e do gay. Através desta complexidade, as estrelas desafiam as regras culturais. Reinventam as categorias culturais. Mostram a sua superioridade perante o esperado e os constrangimentos sociais. E obtém sucesso, exatamente na medida em que desafiam o esperado.

As celebridades disponibilizam opções identitárias. Quando apresentam, cantam, representam e são entrevistados estão a desempenhar o seu trabalho e, ainda, a disponibilizar às suas audiências diferentes formas de ser. A receita identitária apresentada pelas celebridades é, habitualmente, complexa, diversa e contrastada. O vestuário, as poses, os sotaques e a performance possuem atributos de quadrantes diferentes. Do mundo sensual e do mundo romântico e bem-comportado, do deboche e do angelical, do heterossexual e do gay. Através desta complexidade, as estrelas desafiam as regras culturais. Reinventam as categorias culturais. Mostram a sua superioridade perante o esperado e os constrangimentos sociais. E obtém sucesso, exatamente na medida em que desafiam o esperado.

As celebridades raramente são discretas, consensuais ou modestas. Pelo contrário, as celebridades são pessoas exageradas. São excessivas, provocam e colocam em causa o estabelecido. As mulheres não são, simplesmente, mulheres. São mulheres másculas e fortes. São mulheres um pouco homens como a Tina Turner. Ou são mulheres tão cândidas quanto provocadoras como a Madonna e a Lady Gaga. Os homens desafiam as normas sendo (homens) um pouco mulheres. David Bowie. Michael Jackson. Prince.
As mulheres reinventam, por exemplo, as categorias de género. São mulheres um pouco homens. Tina Turner. Outras mulheres desafiam “como é suposto ser mulher”. Juntam a virgem à prostituta, a princesa à maltrapilha. Os homens desafiam as normas sendo (homens) um pouco mulheres. David Bowie. Michael Jackson. Prince.
Outras celebridades desafiam a categoria “raça”. São mulheres brancas e negras, como a Rihanna. São homens brancos e negros. Como o Prince e o Michael Jackson. E são homens brancos com a linguagem corporal e o comportamento de um negro, como o Elvis.

Esta hibridez e ambiguidade, em modo exagerado e ruidoso, são formas de desafiar os constrangimentos sociais. De facto, o sucesso dos jogadores de futebol, atores, cantores e apresentadores, depende, em parte, da desobediência ao esperado. Ao reinventarem a gramática da feminilidade e da masculinidade, da heterossexualidade e da homossexualidade, do branco e do negro, colocam em causa o estabelecido e surgem como heróis, capazes de superarem os constrangimentos do quotidiano.

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